domingo, 30 de novembro de 2008

Do Drama, a mais viva expressão é o dia comum,
Que nasce e morre à nossa vista;
Diversamente, a Tragédia,

Ao ser recitada, se dissipa
E é melhor encenada
Quando o público se dispersa
E a bilheteria é fechada.

"Hamlet" seria Hamlet,
Inda que Shakspeare não o criasse,
E "Romeu", embora sem mais lembranças
De sua Julieta,

Seria perpetuamente encenada
No coração humano-
Único teatro que, sabidamente,
O proprietário não consegue fechar.

Emily Dickinson

sábado, 29 de novembro de 2008

Em associação com a CIA. LIVRE, a MUNDANA COMPANHIA iniciou semana passada os exercícios cênicos sobre as escolhas que fizemos, eu, Luah Guimarãez e Vadim Nikitin, do romance O IDIOTA. Estas escolhas são o nosso norte para a adaptação teatral em curso.
A dramaturgia está se orientando pelos pontos de crise do romance ou o que também chamamos os umbrais: situações nas quais a travessia implica em transformações nas personagens ou nas relações entre as personagens.
As escolhas das personagens que estão sendo usadas na adaptação também já foram feitas.
Fizemos dois exercícios cênicos, dos quais a equipe participou inteira e integralmente do processo.
A cada dia experimentamos um ponto diverso do livro e vimos, em nós mesmos e no ambiente, a atmosfera diferente de cada parte da história por que passamos: as cores, as formas, os sons, as emoções, as idéias...
Tudo precisa ter importância num processo teatral vivo e realmente coletivo. Uma coisa pode ter importância maior ou menor, mas não há o "supra importante" em detrimento dos outros elementos ou partes.
Para o cosmos o homem não é mais importante que uma tempestade. Porque nas artes devemos nos glorificar como seres de existências superiores? O teatro pode ser um espaço-tempo de encontro entre todos e TUDO.
Aury Porto

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Hoje, dia 27 de novembro, é o dia do aniversário de Nastácia Filíppovna.
Para quem ainda não leu a beleza de romance que é O IDIOTA, fique sabendo que o livro é dividido em quatro partes e que a primeira parte se passa em só dia, do amanhecer até a meia noite. E que este dia é o dia do aniversário de Nastácia Filíppovna, a mulher que faz balançar a estrutura moral da sociedade das aparências.
Mas que por não conseguir realizar o que poderia ser lido como o seu destino: "A destruição de um princípio moral de uma sociedade", ela descarrega toda a sua fúria contra aqueles que mais a amam e conseqüentemente ou inevitavelmente, contr a si mesma.
Viva este furacão sem norte que Luah Guimarãez está tateando, doidinha pra encarnar!
Incendeia mulher!
Aury Porto

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Happy Hour Idiota

Nosso tão esperado re-encontro será no dia 5 de Setembro, às 20hs,
no Esquina Bar do Fuad, na Santa Cecília!
Apareçam todos!

São Vito Martir

Vito nasceu no final do século III, na antiga cidade de Mazara, na Sicília ocidental, numa família pagã, muito rica e de nobre estirpe. Sua mãe morreu quando ele tinha tenra idade e seu pai, Halaz, contratou uma ama, Crescência, para cuidar do pequenino. Ela era cristã, viúva e tinha perdido o único filho havia pouco tempo, era de linhagem nobre, mas em decadência financeira. Ele ainda providenciou um professor, chamado Modesto, para instruir e formar seu herdeiro. Entretanto, o professor também era cristão.
Halaz era um obstinado pagão que encarava o cristianismo como inimigo a ser combatido. Por isso Modesto e Crescência nunca revelaram que eram seguidores de Cristo, contudo educaram o menino dentro da religião. Dessa forma, aos doze anos, embora clandestinamente, Vito já estava batizado e demonstrava identificação total com os ensinamentos de Jesus.
Ao saber do batismo, o pai tentou convencê-lo a abandonar a fé, o que não deu resultado. Halaz partiu para a força e castigou o próprio filho, entregando-o, então, ao governador Valeriano, que o encarcerou e maltratou por vários dias, tentando fazer Vito abdicar de sua fé. Modesto e Crescência, entretanto, conseguiram arquitetar uma fuga e, segundo a tradição, com a ajuda de um anjo, tiraram Vito das mãos do poderoso governador. Fugiram os três para Lucânia, em Nápoles, onde esperavam encontrar paz. Mas depois de algum tempo foram reconhecidos e passaram a viver de cidade em cidade, fugindo dos algozes.
Neste período, Vito, que desde os sete anos havia manifestado dons especiais, patrocinou muitos prodígios. Como o mais célebre deles, lembrado pela tradição, quando ele ressuscitou, em nome de Jesus, um garoto que tinha sido estraçalhado por cães raivosos. A perseguição a eles teve uma trégua apenas quando o filho epilético do imperador Diocleciano ficou muito doente. O soberano, tendo conhecimento dos dons de Vito, mandou que o trouxessem vivo à sua presença. Na oportunidade, pediu que ele intercedesse por seu filho. Vito, então, rezou com todo fervor e em nome de Jesus foi logo atendido. Porém Diocleciano pagou com a traição. Mandou prender Vito, que não aceitou renegar a fé em Cristo para ser libertado. Diante da negativa, foi condenado à morte, que ocorreu no dia 15 de junho, possivelmente de 304, depois de muitas torturas, quando ele tinha apenas quinze anos de idade. Esta narrativa é tão antiga que alguns acontecimentos podem ser, em parte, apenas uma vigorosa tradição cristã. Como esta outra que diz que Vito, Modesto e Crescência teriam sido levados diante da multidão no Circo, submetidos a torturas violentíssimas e, finalmente, jogados aos cães raivosos.
Entretanto, um milagre os salvou. Os cães, em vez de atacá-los, deitaram-se aos seus pés. Irado, o sanguinário Diocleciano mandou que fossem colocados dentro de um caldeirão com óleo quente, onde morreram lentamente.
O jovem mártir Vito existiu conforme consta no Martirológio Gerominiano, enquanto Modesto e Crescência só foram incluídos no calendário da Igreja no século XI. Suas relíquias, que depois de sua morte foram sepultadas em Roma, em 755 foram enviadas para Paris. Mais tarde, foram entregues ao santo rei da Boêmia, Venceslau, que era muito devoto do santo. Em 958, esse rei fez construir a belíssima catedral que leva o nome de São Vito e que conserva suas relíquias até hoje. Desde a Idade Média, ele é considerado um dos "quatorze santos auxiliares", os santos cuja intercessão é muito eficaz em ocasiões específicas e para cura determinada. No caso de são Vito, principalmente na Europa, é invocado para a cura da epilepsia, da "coréia", doença conhecida popularmente como "dança de São Vito", e da mordida de cão raivoso. Além de ser padroeiro de muitas localidades.
Sua festa é celebrada no dia 15 de junho Oração de São Vito
Ó glorioso São Vito, protegei nossas crianças, nossos jovens e nossas famílias; defendei nossos lares contra toda má influência; abençoai os trabalhadores; fazei com que imitando suas virtudes aqui na terra, perseverantes no amor e na mansidão, possamos, como filhos e filhas de Deus, convosco louvarmos eternamente a Santíssima Trindade nos céus.
Amém.